O Governo de Cabo Verde está a procurar, de entre
um conjunto muito vasto de produtos que o FMI foi obrigado a produzir para
responder à crise internacional, aquele que mais se adequá às especifidades da
sua economia. Com o 3º PSI (Policy Support Instrument - Instrumento de Apoio à
Política Econômica a chegar ao fim em Fevereiro de 2012, o Governo decidiu
fazer um compasso de espera e, enquanto não encontra o seu “fato à medida”, vai
relacionar-se com o FMI apenas com base no artigo IV. As autoridades nacionais
defendem que «um instrumento que serviu o país de 2006 a 2012 não pode estar adaptado à nova realidade cabo-verdiana dos próximos 6 anos».
A relação entre Cabo Verde e o Fundo
Monetário Internacional rege-se neste momento apenas pelos termos do artigo 4º
dos Estatutos da instituição. Ou seja, o FMI limita-se agora a supervisionar e
sancionar as políticas econômica, monetária e financeira do arquipélago.
A Ministra das Finanças e Planeamento é categórica ao
afirmar que “Cabo Verde tem de evoluir para um novo instrumento que contemple
uma componente financeira/financiamento em certas condições, ou seja, o Governo
quer algo diferente do PSI que não inclui esta componente”.
Aliás, o PSI – que vigorou entre 2006 e 2012 – não é mais
do que uma versão suave do Programa de Reajustamento Estrutural, em que o
Governo e o FMI acordam determinadas metas econômicas sob uma apertada
vigilância dessa Instituição de Bretton Woods.
Sem comentários:
Enviar um comentário